Opinião dos Leitores

Se você leu o livro e quer deixar uma crítica, quase resenha ou comentário informal para o autor e para outros leitores, fique à vontade para utilizar o espaço no fundo desta página.

10 comentários:

Rodrigo Domit disse...

Inauguro este espaço com os comentários da contracapa:

"Quando menina, meus sonhos eram aquecidos por uma velha colcha de retalhos. Hoje, mulher feita, é essa colcha de palavras costuradas pelo Rodrigo que me emociona" HENRIETTE EFFENBERGER, escritora


"Narrativas que lembram em um instante do que é feita a boa literatura." DANIEL RUSSELL RIBAS, editor e jornalista

angelo pessoa disse...

“Um aforista chamado Domit”
por Angelo Pessoa

Meu primeiro contato com os escritos de Rodrigo Domit aconteceu por acaso. Estava lendo os premiados do concurso de poesia Helena Kolody e deparei-me com seu minúsculo, porém extraordinário, poema: Curiosa. Brilhante!
Causou-me surpresa uma banca julgadora ter coragem (o que falta em muitas) de premiar um poema de três versos. Mas aconteceu. Não poderia ser diferente, pois ‘Curiosa’ dizia muito em poucas palavras. Assim como fez Renato Russo com sua imbatível composição “Por enquanto”, minha música favorita.
Esta semana comprei ‘Colcha de Retalhos’, do Domit, um livro pequeno, abastecido de curtas composições, boas intenções e poesia pra mais de metro.
O livro me fez lembrar a velha máxima “as melhores essências estão nos menores frascos”. Domit levou isto tão a sério que acabou criando um pequeno clássico, sim, pois abastado de aforismos, inversões, fantasia e, acredite, surrealismo.
Penso que Karl Kraus ficaria orgulhoso em conhecer Domit. Melhor, acho que ele almejava ter um filho assim. Abusando: EU gostaria de ter um filho com tamanho talento.
O livro poderia conter um único conto: ‘Viver e recordar’, já bastaria. Mas não seria um livro, certo? Isso. Então, sabiamente, o jovem escritor resolveu reunir outras pérolas e deu nisso. Uma pequena manta que na dedicatória, humildemente, “pensa servir somente para cobrir os pés...”. Engano, ela aquece a alma inteirinha.
Valeu muito experimentar.

Maria Balé disse...

Colcha de Retalhos (Inteiros) é um manancial. Dele, fios cristalinos me invadem e me inundam com a poética filosófica - ou seria filosofia poética? - das narrativas curtas de Rodrigo Domit. Uma densa apreensão da vida, e seus desdobramentos, fazem da obra um oráculo em poucas e deliciosamente costuradas palavras. Lindo! Um beijo, Maria Balé

Vivina de Assis Viana disse...

Muitas vezes, pretensiosamente, pensamos que já lemos tudo.
Outras vezes, levianamente, imaginamos que já escreveram tudo.
Aí, atropelados por uma dose fatal de inovadora simplicidade como a dessa Colcha de Retalhos, percebemos que ainda há muito o que ler, e que existem novos e jovens autores nos surpreendendo a cada página, a cada frase. Felizes de nós.
Vivina de Assis Viana

Jorge Nagao disse...

Rodrigo é conciso, preciso, com siso.
Rodrigo é sensível, irônico, bom de ler.
Rodrigo conhece os atalhos, tece bem os retalhos,
dá as cartas porque ele é do baralho.
Rodrigo tem o Dom e o It, essenciais para escrever.
Rodrigo é "Domitier".
Baitabraço,
Nag@

Amanda Reznor disse...

Ao feitio de sentenças pungentes, a verdade evola das folhas feito vidas desnudas,
ora cálidas,
ora críticas,
ora amargas,
numa conspiração que trama as letras em fios de realidade, momentos
alegres,
sórdidos,
paradoxos,
tecendo um a um os pontos
frágeis,
nodosos
ou coloridos
dessa adorável Colcha de Retalhos...
- e não esquecei-vos, leitor (oh, não!) de que o cobertor só alenta o que já habita calor.

Amanda Reznor

Joakim Antonio disse...

Uma Colcha de Retalhos perfeitamente unidos.

Para uma colcha ser boa ela não pode ter lado certo, devo poder colocá-la no modo que quero e usá-la a meu gosto.

Assim foi costurada a colcha de Rodrigo Domit, este é daqueles livros que você gosta de ficar relendo de trás para frente, do meio para trás, do começo ao depois do fim e como toda colcha, quanto mais usada mais gostosa ela fica.

Quem não a sentiu nas mãos, não sabe o que está perdendo.

E aí já encomendou a sua?

Joakim Antonio

Karen Debértolis disse...

O homem do corte e costura

O escritor Rodrigo Domit é um homem que delicadamente costura palavras em uma colcha de retalhos de papel. A cada alinhavo ele vai fazendo seu patchwork literário com pedaços do nosso dia a dia e transforma as realidades em incontáveis momentos de espanto. Espantamo-nos com o nosso próprio cotidiano que ele descreve com palavras, linhas, pedaços de chita, amores, violência, humor, medo, desilusão, tantas outras inconstâncias da vida.

Em seus microcontos, Domit expressa o universo denso da sociedade contemporânea. Com palavras dosadas, ele constrói textos milimetricamente estruturados. Ao longo de seu livro pode-se deparar com uma variedade de estruturas textuais e de linguagens que nos fazem refletir abismados sobre os mais variados temas.

Como no belíssimo Desesperança em que o homem apaixonado escreve uma carta de despedida que nunca chega a entregar para a amada. Ou em Mulheres em que sutilmente a violência permeia pesada o texto. E ainda na ironia de Entre Amigas em que as palavras destilam o veneno da falsidade. Colcha de Retalhos nos deixa assim, entre o riso e a contenção da seriedade.

Karen Debértolis

abril de 2012

Germano Viana Xavier disse...

Acabo de ler o livro.
Em breve escreverei algo sobre.

Unknown disse...

Joaquim Antonio faço de suas, as minhas palavras. Não é possível falar somente de um de seus retalhos ou qual deles eu mais gostei. O livro é viciante e qualquer leitor que começar a ler, com certeza dará continuidade a leitura. A questão é que Rodrigo consegue colocar tanta realidade em pouquíssimas palavras. Mas enfim, queria dizer que admiro grandemente a inteligência e a perfeição das palavras bordadas pelas mãos desse autor incrível. Rodrigo Domit, posso confessar com toda a clareza que nessa colcha me senti a vontade e por demais; confortável. Parabéns e muito Sucesso.